13 de janeiro de 2011

Do site do Inea

REFORÇADAS AS FRENTES DE AÇÕES EMERGENCIAS DE APOIO À REGIÃO SERRANA
13/ 01/ 2011
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (13/01) que vai reforçar as frentes de ações emergenciais nas cidades de Teresópolis, Friburgo e Petrópolis com mais maquinário e equipes da Sea e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente).

Minc reiterou que as ações imediatas serão a retirada de 1.500 famílias que vivem em áreas de risco, desobstrução de rios e abertura das estradas que continuam bloqueadas por conta dos deslizamentos de terra. Minc também afirmou que vai utilizar como medida a vazão do rio durante a cheia para definir nova área de risco. “Vamos proibir definitivamente construções irregulares nessa extensão que será recuperada com reflorestamento”, destacou.

A tragédia já deixa um saldo de 381 mortos na Região Serrana, devido às chuvas. Umas das vítimas foi o funcionário do Inea Marco Antônio Verly da Conceição, atingido por um deslizamento de terra. Verly trabalhava no Parque Estadual dos Três Picos, e estava atuando com os bombeiros no socorro às vítimas das chuvas na região. Deixou mulher e dois filhos.

Segundo balanço da Prefeitura de Teresópolis, 960 pessoas estão desabrigadas (que perderam suas casas) e outras 1.280 desalojadas (que tiveram de sair momentaneamente). Friburgo tem 900 desabrigados e 1.200 desalojados; e em Petrópolis, há uma estimativa de quase mil pessoas sem teto.

Descaso de prefeito

O secretário também afirmou que a ocupação das encostas pelas famílias teve autorização de prefeitos de gestões anteriores e defendeu que eles sejam responsabilizados criminalmente.

“Estivemos na Área de Proteção Ambiental (APA) Jacarandá, que abriga as nascentes dos rios de Teresópolis, e vimos várias famílias que construíram suas casas nas encostas, com autorização, por escrito, de prefeitos anteriores. O desastre natural e a irresponsabilidade criminosa desses prefeitos resultaram nessa tragédia”, afirmou o secretário, reiterando que o programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, e o programa Morar Seguro, do Governo do Estado, já garantiram cerca de 1.400 casas para as vítimas das enchentes, além dos abrigos oferecidos pelas prefeituras.

Minc disse ainda que pretende apresentar, na reunião desta tarde, à presidente da República Dilma Rousseff e ao governador Sérgio Cabral, os mapeamentos de riscos de Teresópolis, Friburgo e Petrópolis, prontos há cerca de um ano. “Na reunião, vamos planejar como aproveitar o Minha Casa Minha Vida e o Morar Seguro para resolver, definitivamente, o problema das ocupações irregulares na Região Serrana”, explicou ele.

O secretário também falou das ações por ele adotadas, quando ministro de Meio Ambiente, para a Região Serrana, como a ampliação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, de 10 mil hectares para 19 mil hectares, como forma de evitar ocupações irregulares em áreas protegidas.

Ele lembrou ainda outras ações implementadas durante a sua primeira gestão como secretário estadual do Ambiente e com Marilene Ramos, atual presidente do Inea, à frente da Secretaria, como a erradicação de lixões na Região Serrana, a implantação do primeiro aterro sanitário, sediado em Teresópolis, para atender municípios consorciados, a implantação do Parque Fluvial do Piabanha, em Petrópolis, e a ampliação da reserva de Araras.

Minc destacou a iniciativa do prefeito de Teresópolis, Mario Jorge, que removeu 200 pessoas de áreas de risco. Elas receberam aluguel social. “Se não fosse isso, teríamos mais 200 mortos, pois eles viviam na área que foi soterrada. Um aviário, com 30 mil aves, construído a 10 metros do rio também foi levado pela enxurrada”, disse Minc.

Minc sobrevoou ontem (12/01), os municípios afetados pelas chuvas, acompanhado da presidente do Inea, Marilene Ramos, e do secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves. Em seguida, ele se reuniu com o prefeito de Teresópolis, Jorge Mario, e depois seguiu para Petrópolis, onde se reuniu com o prefeito Paulo Mustrangi.

Ações do Inea

Para auxiliar nas operações, estão sendo deslocados para a região mais de 200 equipamentos, entre caminhões, retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, pás-mecânicas e tratores. As máquinas terão a função de desobstruir os percursos de modo a permitir o fluxo das águas que ainda alagam diversas localidades. Também serão usadas para abrir as estradas retirando pedras, troncos e entulhos que foram arrastados pela avalanche de lama e estão impedindo o acesso às cidades.

Os técnicos do Inea foram destacados para os municípios mais atingidos: Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Areal, Sumidouro, Bom Jardim e Santa Maria Madalena. A divisão das equipes foi definida pela própria presidente do Inea, Marilene Ramos.

Guarda-parques das Unidades de Conservação da região, dos parques dos Três Picos e do Desengano e da Reserva Biológica de Araras, também estão colaborando com os bombeiros nos resgates. Funcionários da Superintendência do Piabanha e de outras unidades do Inea também estão na região atuando como voluntários. Ao todo, cerca de 300 pessoas vinculadas ao órgão trabalham inicialmente no auxílio às vítimas.


Fonte: http://www.inea.rj.gov.br/index/index.asp 

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