Estações Ecológicas

Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba
Estação Ecológica Estadual do Paraíso



(Decreto nº 32.576, de 30/12/02)
 

A Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba - EEEG foi criada por meio do Decreto nº 32 576, de 30 de dezembro de 2002, em  conformidade com a Lei Federal nº 9.985, de julho de 2000, situa-se na porção Nordeste do estado do Rio de Janeiro, no município de São Francisco de Itabapoana, sendo de posse e domínio público, e, tendo com objetivos a preservação da natureza e a realização de pesquisas cientificas, não sendo permitida a visitação pública, exceto quando com propósitos educacionais.

Suas terras e matas estão localizadas nos domínios da Fazenda São Pedro de Alcântara. É também conhecida no município, comunidades de entorno, e, nacionalmente, como Mata do Carvão, devido à grande quantidade de fornos de carvão que no seu interior existiam. Na década de 60 possuía mais de seis mil hectares de mata, na década de 80, já havia sido reduzida para aproximadamente três mil hectares. Possui vegetação nativa característica da Mata Atlântica, classificando-se com Floresta Estacional Semidecidual de terras baixas, sendo a cobertura vegetal mais expressiva e importante da região.

Sua principal característica é ser o maior e último remanescente de topografia plana e de grande extensão, recebendo a denominação de mata sobre tabuleiro terciário, por situar-se em área de planície ou tabuleiro do bioma costeiro da região Nordeste Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. 

Apresenta pouca vegetação herbácea, ocorrência de espécies epífitas e espécies raras e típicas de mata de tabuleiro, como a Paratecoma, peroba e a existência de animais raros na região, com o diplópodo Rhinocricus padbergi (do mesmo gênero do gongolo), que só ocorre no local.  Na unidade, encontram-se exemplares arbóreos de madeira de alto valor econômico como a peroba, o araçá, braúnas e óleo vermelho. 

Aspectos do clima e a alta densidade das espécies florísticas permitem classificar a mata do Carvão como sendo uma formação estacional semidecidual. O baixo índice pluviométrico anual na mata, unido a forte sazonalidade, com inverno seco, são alguns dos fatores considerados responsáveis pela maior ocorrência nesta mata de espécies decíduas.

Possui cerca de 3.260 (três mil duzentos e sessenta) hectares, e, após longos períodos de desmatamentos, houve uma alteração na mata que, atualmente, distribui-se por uma longa faixa com 1.200 hectares de vegetação com cerca de 5 km de comprimento por aproximadamente 2 km de largura, bem próxima à orla marinha da praia de Guaxindiba. Boa parte da floresta localiza-se em Área de Preservação Permanente por ser cercada naturalmente por recursos hídricos onde se destaca a vegetação de taboa entre os brejos da Floresta e Cobiça.

É internacionalmente conhecida como patrimônio da humanidade pelo programa “Homem e Biosfera” da Unesco, estando caracterizada como Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.


Brejo da Floresta
Brejo da Península

Brejo da Península


Pôr do sol na Estação Ecológica


Contato:
Chefe: Vânia Maria Coelho da Silva Gomes
Endereço do escritório da EEEG: Rua Visconde de Inhaúma, 102 - Parque Tamandaré
                                                   28.030-160 - Campos dos Goytacazes/RJ.
Telefone: (22) 2731-5567
Endereço eletrônico: eeeg@inea.rj.gov.br






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Estação Ecológica Estadual do Paraíso
(Decreto nº 9.803, de 12/03/87) 

A Estação Ecológica do Paraíso - EEEP foi criada pelo Decreto Estadual n.º 9.803, de 12 de março de 1987, que destinou sua área considerada representativa do ecossistema florestal atlântico brasileiro, à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento de educação ambiental, com previsão de destinar, no mínimo, 90% desta área para preservação integral da biota, em caráter permanente.

Com uma área de 4920 hectares (49,20km2), a Estação Ecológica do Paraíso, abrange terras dos municípios de Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, junto ao limite de Teresópolis, estendendo-se ao longo dos contrafortes da serra dos Órgãos.

Apresenta um relevo com predomínio de montanhas e escarpas com declives abruptos e vales encaixados. Suas serras integram o conjunto da serra do Mar e o perfil de suas encostas apresenta-se coberto por densa cobertura vegetal, do sopé ao topo das elevações, ressaltando a diversidade paisagística da região.

Abrigam inúmeras nascentes e cursos d' água que drenam das vertentes íngremes da serra dos Órgãos, voltadas para o mar, destacando-se os rios Paraíso, Anil e Caboclo, afluentes do rio Guapiaçu. Os recursos hídricos constituem mananciais importantes para o abastecimento d'água da população da região e parte da Baixada Fluminense, cujas águas são represadas e distribuídas pela CEDAE, que lá mantém reservatório e adutora. 

Quase que integralmente revestida por Mata Atlântica em excelente estado de conservação, na verdade são, em grande parte, formações secundárias em avançado estágio de desenvolvimento, mesclados com remanescentes de mata primária, cujo dossel varia de 25 a 30 metros. Entre as formações arbóreas de maior porte, algumas espécies estão representadas de forma mais frequente, como por exemplo, a bicuíba, o pau-d'alho, o famoso jequitibá, o batiga, a copaibeira, o cambuí, o cabuí-branco e o feijão-caboclo, cujos frutos são apreciados pelas aves da região. Destacam-se a presença do famoso pau-pereira e do palmito, junto com algumas espécies de palmeirinhas, bastante procuradas por saqueadores para comercialização de plantas ornamentais. Com relação à vegetação e flora regional é importante ressaltar o potencial das formações naturais para a descoberta de novas espécies.

Com relação à fauna, os estudos existentes, apesar de limitados, denotam que existe grande diversidade de espécies. Dos animais de pelos ainda se observa, vários masurpiais como o gambá, algumas cuicas e em especial a rara cuíca d’água, nos rios que descem a serra. Também se vê vários primatas como os macacos guariba, mono, macaco-prego e os saguis, em especial  Callithrix aurita. Destacam-se, também, o tamanduá-mirim, a preguiça comum, tatús, o tapiti, os roedores caxinguelê, ouriço-caixeiro, preá, capivara, paca, cotia, rato-do-mato.  Também foram identificados vários predadores, entre eles, o cachorro-do-mato, o mão-pelada, o coati, a lontra, a irara, o furão etc.. 

A avifauna ainda é rica em espécies silvestres, que estão representados pelo: inhambú-guaçu ,  inhambú-xororó e inhambú-xintã , além do raro macuco.  Vários gaviões são vistos sobrevoando a mata fechada: o gavião-caboclo, o gavião-peneira, o gavião-carijó, o gavião carrapateiro e o raro gavião-pega-macaco.

Em 1979, a Feema, atual Inea, responsável pela tutela da Estação, implantou  o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro – CPRJ, com o objetivo de desenvolver estudos sobre a situação da fauna primatológica brasileira,  realizar programa de reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção, além de fazer experiências de repovoamento com reintrodução dessas espécies em outros locais. O CPRJ ocupa uma área de 260 hectares, contendo uma sede, uma Central de Manejo e Nutrição, um Núcleo de Aclimatação e 63 viveiros. Desde sua criação, o CPRJ colabora com várias organizações científicas e conservacionistas do Brasil e do exterior, propiciando o desenvolvimento de pesquisas, principalmente na área de genética e de conservação ambiental.

Contato:
Chefe: Antônio Carlos Pestana Rocha
Endereço da EEEP: Estrada do Paraíso s/nº - Paraíso - 25.940-000 - Guapimirim/RJ
Telefone: (21) 2632-8309
Endereço eletrônico: mailto:eeeg@inea.rj.gov.br






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